Cerca de 200 organizações da sociedade civil, entre as quais está a APCEF/RS, lançaram uma nota de solidariedade à pastora luterana Romi Bencke e ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), que vêm sofrendo ataques nas redes sociais desde a apresentação da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, cujo lema "Fraternidade e diálogo: Compromisso de Amor".
A campanha teve como objetivo denunciar violências e a cultura de ódio, como racismo e misoginia, em busca da “reconciliação social, fortalecer ações de solidariedade e celebrar a convivência inter-religiosa”.
"A pastora Romi Bencke foi atacada nas redes sociais e também pessoalmente ameaçada. Atacar a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que prega o amor e reconciliação mostra o quanto estamos vivendo tempos muito obscuros. Quando são atacadas pessoas e movimentos que pregam o amor, que defendem os Direitos Humanos, não podemos deixar de nos manifestar", argumentou a diretora de Aposentadas, Aposentados, Previdência e Saúde da APCEF/RS, Célia Zingler.
"Essa Campanha está acima de um determinando culto religioso, é uma campanha que defende a solidariedade, denuncia as diversas formas de violência, incluindo a injusta e milenar violência contras as mulheres, o racismo, as perseguições por orientação sexual. A cultura do ódio destrói, queremos um mundo de paz e fraternidade", disse a diretora.
O CONIC, do qual a pastora é secretária-geral, foi uma das entidades centrais no lançamento da campanha deste ano, com o objetivo de “denunciar as violências contra pessoas, povos e a Criação, em especial, as violências cometidas em nome de Jesus; encorajar a justiça para a restauração da dignidade das pessoas, para a superação de conflitos”.
As organizações atestam o compromisso da pastora Romi e do CONIC com os valores “da paz, da justiça, do diálogo e do respeito às diversas crenças, e repudiam qualquer tipo de violência e difamação contra a pastora, os coordenadores da Campanha da Fraternidade, ou a Campanha em si”.